A alta demanda de usuários que procuram os serviços de saúde tem sido um grande desafio em pleno século XXI, não só para as unidades públicas em todo o Brasil, mas também para as unidades de saúde privadas. A padronização dos processos de atendimento, capacitação continuada de colaboradores, melhoria na capacidade de atendimentos e serviços, de modo a desafogar filas de esperas são soluções que fazem parte do Projeto Lean, desenvolvido pelo hospital Sírio Libanês em 2018 e que faz parte do programa federal de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do SUS (Proadi-SUS).
O projeto chegou ao Acre na manhã desta segunda-feira, 17, e através de uma parceria entre governo e o Ministério da Saúde, capacitará todos os profissionais de saúde do Pronto-Socorro do Hospital de Urgência e Emergência do Acre, considerado a maior unidade de referência em saúde em todo o Estado.
A fase de intervenção dura em média seis meses com encontros quinzenais e, após o término desse período, a equipe de controle do projeto acompanha os resultados por mais 12 meses para garantir a manutenção a longo prazo das melhorias introduzidas nas unidades com foco na redução de filas e superlotação dos leitos.
“O Lean é uma filosofia de gestão voltada para melhoria de processos baseada em tempo e valor. Veio para atender uma demanda reprimida, que é diminuir a superlotação nas portas de entrada dos serviços de saúde de urgência e emergência, por meio da melhoria da capacidade operacional, da organização dos fluxos e processos de trabalho e, principalmente, do envolvimento da equipe com a gestão do hospital. Com certeza todas essas ações trarão um atendimento mais resolutivo e com qualidade para os pacientes que utilizam os serviços do SUS”, explica o consultor do projeto, Guilhermo Sócrates.
A ideia é garantir a redução do tempo que os pacientes esperam por atendimento no hospital, reduzindo também a superlotação nos corredores, leitos e salas de espera entre outros problemas.
“São inúmeras ações que serão trabalhadas no hospital com o propósito de otimizar os recursos, sem gastar nada, só utilizando o que temos. Queremos a garantia de que o paciente seja bem atendido, no tempo correto e de maneira correta, sem precisar ficar indo de unidade em unidade. Esperamos resolver com isso todos os problemas da saúde no nosso estado? Não, mas temos que começar e logo. O programa é só uma das ferramentas, teremos outras ações a serem desenvolvidas ao longo da gestão”, finalizou o diretor geral do Pronto Socorro, Areski Peniche.