Os interessados em aderir à nova rotulagem nutricional de alimentos devem preencher o formulário de consulta pública no site: https://direitodesaber.org/. A consulta estará disponível até o dia 9 de dezembro
(Foto: Junior Aguiar/Sesacre)
Você sabe o que come? A maioria da população habitualmente pega o produto na prateleira e não lê o rótulo sobre as informações nutricionais do alimento. Assim, a equipe de nutrição da Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre) está realizando uma mobilização para que a população participe da consulta pública e abrace o novo modelo de rotulagem nutricional.
“Hoje a gente vive uma transição nutricional, na qual aumentou o excesso de peso entre os brasileiros, 55%, ou seja, mais da metade dos brasileiros estão com sobrepeso e alto consumo de alimentos autoprocessados que são os alimentos os quais queremos mudar o rótulo”, explicou a nutricionista e técnica da Divisão e Alimentação da Sesacre, Madeline Guimarães.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária lançou a consulta pública para que a população manifeste interesse em aderir a proposta da Aliança pela Alimentação Adequada e Saudável e o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor para implantar o rótulo frontal, indicando a maior quantidade de substância contida no produto, por meio de triângulos aparentes.
“Assim que a gente implanta o rótulo frontal e que a pessoa vê aquele alimento, ela já tem um impacto sobre o que aquele alimento tem. Então, aquele consumidor vai ter a oportunidade de conhecer fio a fio o que tem naquele alimento e, assim, comparar um alimento com o outro e decidir o que será mais saudável”, explicou Madeline.
Atualmente, de acordo com a técnica, as informações nutricionais contidas nos rótulos dos alimentos são confusas e em letras miúdas, diminuindo o interesse do consumidor em saber o que está ingerido.
“É impossível de ler, principalmente uma pessoa que tem uma dificuldade de leitura, então é muito complicado a pessoa olhar e compreender o rótulo se ele não estiver claro. Se você pegar um produto integral, por exemplo, e consultar o rótulo verá que o primeiro ingrediente – que é o que mais está presente no alimento – geralmente é o açúcar e o consumidor vai perceber que o produto não é tão saudável assim”, salientou Madeline.
A proposta, segundo Madeline, é “uma melhor compreensão dos alimentos que você consome e que está ofertando para sua família, sabendo que o quadro hoje é de sobrepeso e a tendência é o aumento desse quadro cada vez mais”, finalizou.